Segundo a PF informou no pedido enviado à Justiça para realização da operação, o presidenciável do PDT e seu irmão são parte de uma "associação criminosa" atuante no Ceará para beneficiar empresários.
Outro irmão da dupla também foi citado, Lúcio Ferreira Gomes. Além deles, outros três políticos também foram alvo.
Integram a ação 80 policiais federais no cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, em residências de Fortaleza (CE), Meruoca (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA). O objetivo é apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.Os atos sistemáticos de corrupção delatados resultaram em massivos ganhos para a empreiteira e, como contrapartida, possivelmente proporcionaram o enriquecimento ilícito dos agentes públicos beneficiários, num esquema que permeou as duas gestões consecutivas do ex-Governador CID FERREIRA GOMES no Estado do Ceará", afirma a PF.
"As investigações tiveram início no ano de 2017, sendo identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas para que uma empresa obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão e, posteriormente, na fase de execução contratual, recebesse valores devidos pelo Governo do Estado do Ceará ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do Estádio Castelão. Apurou-se indícios de pagamentos de 11 milhões de reais em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas", explica a PF.
Após a operação, a investigação continuará com base no material apreendido. Entre os crimes que poderão responder, está lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva.