
O delegado Artur César, que investiga o caso, disse que os dois adolescentes não namoravam, mas tinham uma amizade muito próxima.
Eles podem ter chegado a ficar em algum momento, mas não tinham um relacionamento de namoro. Ele aparenta ser perturbado psicologicamente, o pai morreu em um acidente, o tio se suicidou, a mãe mora no Rio de Janeiro, e ele residia atualmente com a irmã em Junqueiro", acrescentou o delegado.
(Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com a Polícia Civil, o adolescente teria acompanhado a vítima após a saída da escola e, quando chegaram próximo à casa dela, ele a esfaqueou.
Quando foi encontrado pela polícia, próximo ao Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp) de Junqueiro, o adolescente aparentava estar atordoado.
"Ele disse que já tinha planejado isso há muito tempo, mas que não teve coragem de fazer, até que ontem cometeu o crime", informou o tenente Maxuel Santos, do 3º Batalhão da Polícia Militar, que participou das buscas.
Alessandra foi esfaqueada no pescoço e chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Ela faleceu antes mesmo de chegar ao hospital.
A faca utilizada no assassinato não foi localizada. No momento da apreensão, o adolescente disse que jogou a faca, mas que não conseguia lembrar em qual local.
O adolescente não tem passagem pela polícia, porém, estava suspenso da escola porque ameaçou promover uma chacina, segundo a Polícia Civil.
(Desenhos encontrados no caderno do adolescente que confessou ter matado a colega de escola - Foto: Polícia Civil)

Em seu caderno foram encontrados desenhos de uma arma, de homem matando uma mulher com uma faca e de palhaços.
O jovem foi encaminhado para a Delegacia Regional de São Miguel dos Campos, onde foi autuado por ato infracional análogo a feminicídio. Pela legislação brasileira, pessoas menores de 18 anos são consideradas incapazes de compreender a gravidade de um delito e por isso são julgadas de forma diferente aos adultos.